De acordo com um estudo apresentado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) durante a APAS Show 2024, os gastos com supermercado representam uma média de 74% do valor do salário mínimo . Segundo o mesmo estudo, a classe A tem uma média de gastos de R$ 2.741,87, enquanto a classe B despende mensalmente R$ 1.097,08, e a classe C-D, R$ 686,44.
Além disso, a pesquisa revela que somente 26% da classe C-D demonstra uma maior necessidade de compras planejadas, apesar de os gastos com supermercado ocuparem uma grande fatia do orçamento dessa classe.
Quanto aos hábitos de compra, 73% dos brasileiros frequentam mais de uma loja de supermercado, sendo 43% em duas unidades e 23% em três unidades. Isso se deve à busca por economia, uma vez que os consumidores buscam opções mais acessíveis.
No que diz respeito à conveniência, os supermercados de bairro desempenham um papel crucial, especialmente para compras de reposição, sendo responsáveis por 54% dessas transações. Além do preço, fatores como comodidade, localização e confiança na loja são mencionados como essenciais para a fidelização do cliente, representando mais de 50% das menções para esse fim.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza regularmente pesquisas sobre o custo da cesta básica em várias capitais brasileiras. Em abril de 2024, o custo da cesta básica em São Paulo, a maior cidade do Brasil, era de aproximadamente R$ 802,00 . Este valor tem apresentado uma tendência de aumento ao longo dos anos, refletindo a inflação e a variação dos preços dos alimentos.
A evolução do custo da cesta básica pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo safras agrícolas, custos de transporte, e flutuações na oferta e demanda de alimentos básicos. Comparando os dados de anos anteriores, é evidente que o custo da cesta básica tem aumentado a um ritmo que frequentemente supera os ajustes no salário mínimo, colocando maior pressão sobre o orçamento das famílias brasileiras.
A inflação dos alimentos tem sido um desafio constante para os brasileiros, especialmente para aqueles que vivem com o salário mínimo. Estudos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE) indicam que a inflação dos alimentos tem superado a inflação geral nos últimos anos . Esse fenômeno, conhecido como "inflação de alimentos", ocorre quando os preços dos produtos alimentícios aumentam a uma taxa maior que a dos demais bens e serviços.
Este aumento desproporcional afeta diretamente o poder de compra das famílias, tornando mais difícil manter uma alimentação equilibrada e saudável dentro do orçamento. Produtos como arroz, feijão, carne e leite, que compõem a base da alimentação brasileira, têm sido os mais impactados, forçando as famílias a ajustarem seus hábitos de consumo e buscarem alternativas mais econômicas.
Em suma, de acordo com os dados apresentados pela Apas, os supermercados desempenham um papel fundamental na vida dos brasileiros, e os varejistas podem se beneficiar ao ajustar suas estratégias para oferecer conveniência, qualidade e preços acessíveis, atendendo assim às necessidades variadas dos consumidores e garantindo uma posição competitiva no mercado.
Além disso, é crucial considerar a evolução do custo da cesta básica e o impacto da inflação dos alimentos ao analisar os hábitos de consumo e a pressão sobre o orçamento das famílias. Compreender esses fatores permite uma visão mais abrangente das dificuldades enfrentadas pelos brasileiros e a importância de políticas públicas que possam mitigar os efeitos da inflação e garantir o acesso a alimentos essenciais.
Mobiis - Campinas/SP
Av. Cel. Silva Telles, 977 - 5º andar - Cambuí, Campinas - SP, 13025-320
Telefone: (19) 99749-1292
Pathfind - São Paulo/SP
Rua Doutor Melo Alves, 89, Conj. 418- Cerqueira César, São Paulo - SP, 01417-010
Telefone:(11) 3042 1444
Fretefy - Curitiba/PR
R. Pasteur, nº 463 - salas 503 / 504 - Água Verde, Curitiba - PR, 80250-104
Telefone: (41) 3542-1333